sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

ESTAMOS COM FOME DE AMOR

Outro email recebido:

"Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

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Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

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Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
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Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!' Unindo milhares ou melhor milhões de solitários emmeio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
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Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
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Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
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Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele.
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Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'.
Antes idiota que infeliz!"
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No email dizia que o texto foi feito pelo cronista Arnaldo Jabor.

TRILOGIA DA BURRICE



Outro email que recebi que tem que ser divulgado:


"Diz aí: qual foi a última vez que você foi ver um filme ou peça sem ter lido uma crítica ou comprou um livro sem ter visto resenha ou ouvido recomendação de al­guém? Quantas vezes você foi ao restaurante da moda? Sobre quantas pessoas você formou uma opinião sem ser influencia­do pelo que delas disseram seus amigos? Quantas vezes você achou uma resolução política idiota ou um programa de TV es­túpido? Das entrevistas que você ouve ou lê, em quantas você pa­rou pra se perguntar: "Será que esse cara tá certo?". Ou, ainda: "Será que ele tá dizendo a verda­de?". Em suma: qual foi a últi­ma vez em que você pensou? (No sentido amplo da pala­vra, de inquirir, duvidar, fil­trar e chegar às próprias conclusões, sozinho.)

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Se você é como a maioria, deve fazer algum tempo. E não se está aqui ofendendo ninguém nem lhe puxando a orelha: vivemos em uma sociedade em que pensar não é só desnecessário, como perigoso.


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Há uma seleta minoria que é paga pra pensar pelos outros. Gente que lhe diz o que vestir, o que comer, aonde ir, o que fazer com seu tempo livre, de quem gostar etc. A palavra dessas pes­soas é canônica e, em vez de ser­vir como mero auxílio no exercí­cio fundamental do ser humano raciocinar -,o oráculo dos pen­santes acaba substituindo a capacidade de discernimento individual. Era pra ser bengala pra casos raros, virou cadeiras de rodas constante. Pra ser cartesiano, "Cogito, ergo sum", disse Descartes:"Penso, logo existo", Não penso, logo não existo. Ou, pelo menos, "no mucho".

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Há então que se per­guntar como é que che­gamos ao ponto de ser uma sociedade em que não se pensa, vivemos um esti­lo de vida conducente à irreflexão. O homem moderno foi amesquinhado; trabalha feito um doido atrás de uma ascensão social que raramente vem; seu tempo é gasto em salas, reuniões, despachos, uma corre­ria sem fim. Seus dias se repetem, sua vida não se altera: é uma su­cessão infinita de tarefas, sem nunca formar uma obra. E, como dizia Paulo Freire, "esmagado pelo tempo": não se situa, não se encontra; é objeto, e não su­jeito de sua vida, Desse homem amesquinhado, que ganha pouco, so­fre muito, passa horas sacolejando em ônibus e ainda tem de cuidar do sarampo do fi­lho quando chega em casa, não se pode esperar energia ou disposi­ção para o exercício do pensa­mento. Perde-se, então, no lazer fácil, nas diversões inebriantes, mas que não constroem coisa ne­nhuma: novelas de TV, filmes de ação etc.

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Como a sociedade lhe exige a felicidade, ele se contenta com o que vem à mão. Já que o cenário que o oprime lhe parece compli­cado e alheio demais pra ser mu­dado por meio de sua ação indivi­dual, ele recolhe-se ao papel in­significante que lhe foi prescrito e segue o barco pegando o repuxo das idéias dos que se salvaram do naufrágio.

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Não fizesse assim, aliás, estaria em perigo. Primeiro, pela parte logística: uma hora a mais de re­flexão significa uma hora a me­nos para cuidar do concreto (em­prego, família, amigos etc.), o que pode acabar em demissão, divór­cio ou outro bicho desses, cruz credo, virge santíssima. Segundo, por ir contra o socialmente dese­jável: pensar requer introspecção, solidão, reclusão. Comportamentos associados com a triste­za, a depressão, a incapacidade, social — faltas intoleráveis em um ambiente onde refugiar-se é inadmissível (e, de mais a mais, inútil, já que o próprio homem não pode contar com sua melhor companhia que é uma cabeça ativa).

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Por último, pensar é perigoso porque incita rebeldia: qualquer um que analisar certas estruturas, posicionamentos e declarações verá que abunda por ai quantidade imensa de estultices, mentiras o safadezas, que, quando descobertas,"são intragá­veis, Melhor é nunca morder a maçã da sabedoria, pois nos tem­pos que correm, desde Eva, o pa­raíso é a inconsequência, o não-se-importar, o não-se-incomodar e o não-agir, o que pressupõe o não-pensar, Y así pasamos los dias. como os patos pra foie gras com a goela aberta recebendo a porcaria que vem de cima até o dia do abate. Ou da explosão do fígado."

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Lamento apenas o email não indicar o autor.

DOENÇAS COMEÇAM COM SENTIMENTOS REPRIMIDOS

Há algum tempo recebi o seguinte email:

"Segundo a psicóloga americana Louise l. Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós. Afirma ela, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo. Todas as doenças tem origem num estado de não-perdão, diz a psicóloga americana Louise L. Hay. Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar.
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Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento. A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita, vale a pena tentar evitá-las:
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DOENÇAS / CAUSAS:
AMIDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.
APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.
ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.
ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.
BRONQUITE: Ambiente famíliar inflamado. Gritos, discussões.
CÂNCER: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.
DERRAME: Resistência. Rejeição à vida.
DIABETES: Tristeza profunda.
DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.
DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.
DOR NOS JOELHOS: medo de recomeçar, medo de seguir em frente
ENXAQUECA : Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro (a).
FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.
GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.
HEMORRÓIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.
HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
INSÔNIA: Medo, culpa.
LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.
MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.
NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido.
PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.
PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.
PRESSÃO BAIXA: Falta de amor quando criança. Derrotismo.
PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente..
PULMÕES: Medo de absorver a vida.
QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.
RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.
REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.
RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.
RINS: medo da crítica, do fracasso, desapontamento.
SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.
TIREÓIDE: Humilhação.
TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.
ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.
VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.
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Curioso não? Por isso vamos tomar cuidado com os nosso sentimentos...principalmente daqueles, que escondemos de nós.
'Quem esconde os sentimentos, retarda o crescimento da Alma'. "
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Esse email deve ser lido e nós devemos sempre ao deitar na cama no fim do dia, lembrar dos sentimentos ruins que nutrimos durante o dia e esquece-los.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CONSIDERAÇÕES

As coisas antigas me despertam uma curiosa nostalgia. Chega a ser assustadora como as coisas passadas voltam a nosso presente, perfeitamente atuais. Seja para apenas ratificar algumas considerações já feitas, seja para abolir outras, elevando assim o nível do conhecimento.


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"Um auto-retrato rápido e envelhecido pelos conflitos diários: Estou só. Apenas eu e eu. Ou eu e meus pensamentos."

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Na época, no ano de 2005, apesar de estar namorando com uma pessoa e ter uma família numerosa e presente, me sentia assim: só. Foi esse sentimento que me fez escrever a frase acima.
Com o passar dos anos, esse sentimento de solidão foi desaparecendo. Não me sinto só hoje. Não tenho um diálogo constante/diário com meus familiares. Mas nem por isso me sinto separado deles. Minha atual companheira, me completa de uma forma absurda. Em meu ser hoje, não há espaço para solidão. Mas não pense que foi fácil chegar a essa percepção.
Continuei escrevendo:
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"Ando me vendo, vendo todos e tudo à certa distância.
Me sinto anestesiado como um soldado que,
atingido por uma bomba,
ver a morte cada vez mais perto graças a morfina.
É assim que estou: chapado diante da vida.
E isso não tem nada haver com drogas. "
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Eu me deparar novamente, depois de muitos anos com essa frase, vejo que não mais me sinto de tal maneira. Provavelmente o que eu estava a sentir naquela época fosse apenas um desinteresse pelo aquilo que eu não conhecia: a vida. Durante minha vida não lembro de ninguém, nem familiares, nem amigos, que me explicassem a vida de forma clara e simples. Tive que ir vivendo e aprendendo só como a vida em sociedade era estabelecida. Vai ver que eles ainda estavam a aprender também. Pouco tempo depois li em um artigo na internet que era comum adolescentes que estavam a adentrar na fase adulta, sofrerem com essa leve tristeza que parecia ser permanente. Felizmente o tempo mostrou que os médicos estavam certos, minha "dormência de vida" passou e cá estou eu para fazer algo para a humanidade, que eu ainda não sei direito o que é mas que irei lutar para alcaçar meu destino escolhido.

MUDANÇAS



"O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM
Confete virou MM
A crise de nervos virou stress
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depresão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O album de fotos é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não", não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônicoF
Ortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou 'byke'
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz......
De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças."

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Este texto me foi enviado por um amigo há muito tempo atrás. No email, não existia sinais do possivel autor. Havia publicado em um antigo blog, de mesma época. Estava eu a apagar o blog, quando resolvi salvar alguns textos, já que alguns deles já não fazem mais parte de mim e de meu eu atual.

Diante de tantas mudanças na convivência humana, onde dilaceramos nossa sociedade, essas pequenas mudanças do dia a dia nos envolvem um novo prisma de pensamentos.

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O primeiro aquário, cheio de peixes iguais, significa a maioria das pessoas que hoje em dia se deixaram levar e não se identificam mais em meio à multidão. O peixe que consegue escapar da mesmice, acabo só.